NR 13. Caldeiras e Vasos de Pressão

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13.1. Caldeiras a vapor – disposições gerais.


13.1.1. Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.

13.1.2. Para efeito desta NR, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País.

13.1.3. Pressão Máxima de Trabalho Permitida – PMTP ou Pressão Máxima de Trabalho Admissível – PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros operacionais.

13.1.4. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual
ou inferior a PMTA; (113.071-4)

b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; (113.072-2)

c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema
principal, em caldeiras a combustível sólido; (113.073-0)

d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis; (113.074-9)

e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o superaquecimento por alimentação deficiente. (113.075-7)

13.1.5. Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.001-3 / I2)

a) fabricante;

b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;

c) ano de fabricação;

d) pressão máxima de trabalho admissível;

e) pressão de teste hidrostático;

f) capacidade de produção de vapor;

g) área de superfície de aquecimento;

h) código de projeto e ano de edição.

13.1.5.1. Além da placa de identificação, devem constar, em local visível a
categoria da caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu número ou código de identificação.

13.1.6. Toda caldeira deve possuir no estabelecimento, onde estiver instalada, a seguinte documentação, devidamente atualizada:

a) “Prontuário da Caldeira”, contendo as seguintes informações: (113.002-
1 / I3)

  • código de projeto e ano de edição;
  • especificação dos materiais;
  • procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e
    determinação da PMTA;
  • conjunto de desenhos e demais dados necessários para o
    monitoramento da vida útil da caldeira;
  • características funcionais;
  • dados dos dispositivos de segurança;
  • ano de fabricação;
  • categoria da caldeira;

    b) “Registro de Segurança”, em conformidade com o subitem 13.1.7;
    (113.003-0 / I4)

    c) “Projeto de Instalação”, em conformidade com o item 13.2; (113.004-8 /
    I4)

    d) “Projetos de Alteração ou Reparo”, em conformidade com os subitens
    13.4.2 e 13.4.3; (113.005-6 / I4)

    e) “Relatórios de Inspeção”, em conformidade com os subitens 13.5.11,
    13.5.12 e 13.5.13.

    13.1.6.1. Quando inexistente ou extraviado, o “Prontuário da Caldeira” deve ser reconstituído pelo proprietário com responsabilidade técnica do
    fabricante ou de “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para determinação da PMTA. (113.006-4 / I3)

    13.1.6.2. Quando a caldeira for vendida ou transferida de estabelecimento, os documentos mencionados nas alíneas “a”, “d”, e “e”
    do subitem 13.1.6 devem acompanhá-la.

    13.1.6.3. O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido
    pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do Trabalho,
    a documentação mencionada no subitem 13.1.6. (113.007-2 / I4)

    13.1.7. O “Registro de Segurança” deve ser constituído de livro próprio com páginas numeradas ou outro sistema equivalente onde serão registradas:

    a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de
    segurança da caldeira;

    b) as ocorrências de inspeções de segurança periódicas e extraordinárias,
    devendo constar o nome legível e assinatura de “Profissional Habilitado”,
    citado no subitem 13.1.2, e de operador de caldeira presente na ocasião
    da inspeção.

    13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso,
    o “Registro de Segurança” deve conter tal informação e receber encerramento formal. (113.008-0 / I4)

    13.1.8. A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para consulta dos operadores do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa, devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação. (113.009-9 / I3)

    13.1.9. Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias, conforme segue:

    a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual
    ou superior a 1960 KPa (19.98 Kgf/cm2);

    b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual
    ou inferior a 588 KPa (5.99 Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros;

    c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se enquadram
    nas categorias anteriores.

    13.2. Instalação de caldeiras a vapor.

    13.2.1. A autoria do “Projeto de Instalação” de caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade de “Profissional Habilitado”, conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis.

    13.2.2. As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em “Casa de Caldeiras” ou em local específico para tal fim, denominado “Área de Caldeiras”.

    13.2.3. Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a “Área de Caldeiras” deve satisfazer aos seguintes requisitos:

    a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de: (113.010-2 / I4)
  • outras instalações do estabelecimento;
  • de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida
    com até 2 (dois) mil litros de capacidade;
  • do limite de propriedade de terceiros;
  • do limite com as vias públicas;

    b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
    desobstruídas e dispostas em direções distintas;

    c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção
    da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
    dimensões que impeçam a queda de pessoas; (113.011-0 / I4)

    d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
    provenientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às
    normas ambientais vigentes;

    e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; (113.012-9 / I4)

    f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar à noite.

    13.2.4. Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a “Casa de Caldeiras” deve satisfazer aos seguintes requisitos:

    a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
    podendo ter apenas uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de no mínimo
    3,00m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade de
    terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis,
    excetuando-se reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de
    capacidade; (113.013-7 / I4)

    b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções distintas;

    c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam
    ser bloqueadas;

    d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar
    de caldeira a combustível gasoso.

    e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;

    f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção
    da caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
    dimensões que impeçam a queda de pessoas; (113.014-5 / I3)

    g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
    provenientes da combustão para fora da área de operação, atendendo às
    normas ambientais vigentes;

    h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema
    de iluminação de emergência.

    13.2.5. Constitui risco grave e iminente o não-atendimento aos seguintes requisitos:

    a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas “b” ,
    “d” e “f” do subitem 13.2.3 desta NR;

    b) para as caldeiras da categoria A instaladas em ambientes confinados,
    as alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta NR;

    c) para as caldeiras das categorias B e C instaladas em ambientes confinados, as alíneas “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do subitem 13.2.4 desta
    NR.

    13.2.6. Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4, deverá ser elaborado “Projeto Alternativo de Instalação”, com medidas complementares de segurança que permitam a atenuação dos riscos.

    13.2.6.1. O “Projeto Alternativo de Instalação” deve ser apresentado pelo
    proprietário da caldeira para obtenção de acordo com a representação
    sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento.

    13.2.6.2. Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem
    13.2.6.1, a intermediação do órgão regional do MTb poderá ser solicitada
    por qualquer uma das partes, e, persistindo o impasse, a decisão caberá
    a esse órgão.

    13.2.7. As caldeiras classificadas na categoria A deverão possu ir painel de instrumentos instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas Regulamentadoras aplicáveis. (113.015-3 / I4)

    13.3. Segurança na operação de caldeiras.

    13.3.1. Toda caldeira deve possuir “Manual de Operação” atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: (113.016-1 / I3)

    a) procedimentos de partidas e paradas;

    b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;

    c) procedimentos para situações de emergência;

    d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio
    ambiente.

    13.3.2. Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que neutralizem sistemas de controle e segurança da caldeira. (113.017-0 / I2)

    13.3.3. A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados, quando necessários para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira. (113.018-8 / I4)

    13.3.4. Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador de caldeira, sendo que o não-atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave e iminente.

    13.3.5. Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:

    a) possuir certificado de “Treinamento de Segurança na Operação de
    Caldeiras” e comprovação de estágio prático (b) conforme subitem
    13.3.11;

    b) possuir certificado de “Treinamento de Segurança na Operação de
    Caldeiras” previsto na NR 13 aprovada pela Portaria n° 02, de 08.05.84;

    c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa
    atividade, até 08 de maio de 1984.

    13.3.6. O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras”, é o atestado de conclusão do 1° grau.

    13.3.7. O “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras” deve, obrigatoriamente:

    a) ser supervisionado tecnicamente por “Profissional Habilitado” citado no subitem 13.1.2;
    b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;

    13.3.8. Os responsáveis pela promoção do “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras” estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no subitem 13.3.7.

    13.3.9. Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de: (113.019-6 / I4)

    a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;

    b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;

    c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.

    13.3.10. O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento: (113.020-0 / I3)

    a) período de realização do estágio;

    b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo “Treinamento de
    Segurança na Operação de Caldeiras”;

    c) relação dos participantes do estágio.

    13.3.11. A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio de constantes informações das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.021-8 / I2)

    13.3.12. Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer caldeira em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:

    a) seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis
    envolvidas na nova condição de operação;

    b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de
    sua nova classificação no que se refere a instalação, operação, manutenção e inspeção.

    13.4. Segurança na manutenção de caldeiras.

    13.4.1. Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o respectivo código do projeto de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.022-6 / I4)

    a) materiais;

    b) procedimentos de execução;

    c) procedimentos de controle de qualidade;

    d) qualificação e certificação de pessoal.

    13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção,
    deve ser respeitada a concepção original da caldeira, com procedimento
    de controle do maior rigor prescrito nos códigos pertinentes.

    13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério do “Profissional
    Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologias de
    cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos previstos
    pelos códigos de projeto.

    13.4.2. “Projetos de Alteração ou Reparo” devem ser concebidos previamente nas seguintes situações: (113.023-4 / I3)

    a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;

    b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a
    segurança.

    13.4.3. O “Projeto de Alteração ou Reparo” deve: (113.024-2 / I3)

    a) ser concebido ou aprovado por “Profissional Habilitado”, citado no
    subitem 13.1.2;

    b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de
    qualidade e qualificação de pessoal.

    13.4.4. Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2. (113.025-0 / I4)

    13.4.5. Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à manutenção preventiva ou preditiva. (113.026-9 / I4)

    13.5. Inspeção de segurança de caldeiras.

    13.5.1. As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária sendo considerado condição de risco grave e iminente o não-atendimento aos prazos estabelecidos nesta NR. (113.078-1)

    13.5.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames interno e externo, teste hidrostático e de acumulação.

    13.5.3. A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos:

    a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;

    b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer
    categoria;

    c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos
    12 (doze) meses sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de
    segurança;

    d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme definido no
    item 13.5.5.

    13.5.4. Estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos”, conforme estabelecido no Anexo II, podem estender os períodos entre inspeções de segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:

    a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e C;

    b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.

    13.5.5. As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das unidades de processo como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins de controle ambie ntal podem ser consideradas especiais quando todas as condições
    seguintes forem satisfeitas:
    a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam “Serviço
    Próprio de Inspeção de Equipamentos”;

    b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento
    e a pressão de abertura de cada válvula de segurança;

    c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos
    gases e do vapor durante a operação;

    d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;

    e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as
    principais partes da caldeira;

    f) seja homologada como classe especial mediante:
  • acordo entre a representação sindical da categoria profissional
    predominante no estabelecimento e o empregador;
  • intermediação do órgão regional do MTb, solicitada por qualquer uma
    das partes quando não houver acordo;
  • decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.

    13.5.6. Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subseqüente, as caldeiras devem ser submetidas a rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. (113.027-7 / I4)

    13.5.6.1. Nos estabelecimentos que possuam “Serviço Próprio de
    Inspeção de Equipamentos”, o limite de 25 (vinte e cinco) anos pode ser alterado em função do acompanhamento das condições da caldeira, efetuado pelo referido órgão.

    13.5.7. As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas periodicamente conforme segue: (113.028-5 / I4)

    a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da
    alavanca, em operação, para caldeiras das categorias B e C;

    b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as válvulas
    flangeadas e, no campo, as válvulas soldadas, recalibrando-as numa
    freqüência compatível com a experiência operacional da mesma, porém
    respeitando-se como limite máximo o período de inspeção estabelecido
    no subitem 13.5.3 ou 13.5.4 se aplicável para caldeiras de categorias A e
    B.

    13.5.8. Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7 as válvulas de segurança instaladas em caldeiras deverão ser submetidas a testes de acumulação, nas seguintes oportunidades: (113.029-3 / I4)

    a) na inspeção inicial da caldeira;

    b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas significativas;

    c) quando houver modificação nos parâmetros operacionais da caldeira
    ou variação na PMTA;

    d) quando houver modificação na sua tubulação de admissão ou
    descarga.

    13.5.9. A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:

    a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência
    capaz de comprometer sua segurança;

    b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante
    capaz de alterar suas condições de segurança;

    c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando
    permanecer inativa por mais de 6 (seis) meses;

    d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.

    13.5.10. A inspeção de segurança deve ser realizada por “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, ou por “Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos”, citado no Anexo II.

    13.5.11. Inspecionada a caldeira, deve ser emitido “Relatório de Inspeção”, que passa a fazer parte da sua documentação. (113.030-7 / I4)

    13.5.12. Uma cópia do “Relatório de Inspeção” deve ser encaminhada pelo “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do término da inspeção, à representação sindical da categoria profissional predominante no
    estabelecimento.

    13.5.13. O “Relatório de Inspeção”, mencionado no subitem 13.5.11, deve conter no mínimo:

    a) dados constantes na placa de identificação da caldeira;

    b) categoria da caldeira;

    c) tipo da caldeira;

    d) tipo de inspeção executada;

    e) data de início e término da inspeção;

    f) descrição das inspeções e testes executados;

    g) resultado das inspeções e providências;

    h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não
    estão sendo atendidas;

    i) conclusões;

    j) recomendações e providências necessárias;

    k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;

    l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional
    do “Profissional Habilitado”, citado no subitem 13.1.2, e nome legível e
    assinatura de técnicos que participaram da inspeção.

    13.5.14. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de identificação, a mesma deve ser atualizada. (113.031-5 / I1)

    13.6. Vasos de pressão – disposições gerais.

    13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.

    13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de
    pressão, está definido no Anexo III.

    13.6.1.2. Os vasos de pressão abrangidos por esta NR estão classificados
    em categorias de acordo com o Anexo IV.

    13.6.2. Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

    a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura
    ajustada em valor igual ou inferior à PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o inclui; (113.079-0)

    b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não estiver instalada diretamente no vaso; (113.080-3)

    c) instrumento que indique a pressão de operação. (113.081-1)

    13.6.3. Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de fácil acesso e bem visível placa de identificação indelével com no mínimo as seguintes informações: (113.032-3 / I2)

    a) fabricante;

    b) número de identificação;

    c) ano de fabricação;

    d) pressão máxima de trabalho admissível;

    e) pressão de teste hidrostático;

    f) código de projeto e ano de edição.

    13.6.3.1 Além da placa de identificação deverão constar em local visível a categoria do vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código de identificação.

    13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte documentação devidamente atualizada:

    a) “Prontuário do Vaso de Pressão” a ser fornecido pelo fabricante,
    contendo as seguintes informações: (113.033-1 / I2)
  • código de projeto e ano de edição;
  • especificação dos materiais;
  • procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final e
    determinação da PMTA;
  • conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
  • características funcionais;
  • dados dos dispositivos de segurança;
  • ano de fabricação;
  • categoria do vaso;

    b) “Registro de Segurança” em conformidade com o subitem 13.6.5;
    (113.034-0 / I4)

    c) “Projeto de Instalação” em conformidade com o item 13.7; (113.035-8 /
    I4)

    d) “Projeto de Alteração ou Reparo” em conformidade com os subitens
    13.9.2 e 13.9.3; (113.036-6 / I4)

    e) “Relatórios de Inspeção” em conformidade com o subitem 13.10.8.

    13.6.4.1. Quando inexistente ou extraviado, o “Prontuário do Vaso de
    Pressão” deve ser reconstituído pelo proprietário com responsabilidade
    técnica do fabricante ou de “Profissional Habilitado”, citado no subitem
    13.1.2 sendo imprescindível a reconstituição das características
    funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos
    para determinação da PMTA. (113.037-4 / I2)

    13.6.4.2. O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando exigida pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do
    Trabalho, a documentação mencionada no subitem 13.6.4. (113.038-2 / I4)

    13.6.5. O “Registro de Segurança” deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas ou sistema informatizado ou não com confiabilidade equivalente onde serão registradas:

    a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de
    segurança dos vasos; (113.039-0 / I3)

    b) as ocorrências de inspeção de segurança. (113.040-4 / I4)

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